Contrariando toda a imprensa “especializada” e confirmando o que sempre dissemos aqui, a Nissan continua muito ativa no mercado e a Frontier é prova disso.
A imprensa sensacionalista, com o seu jornalismo porco e quase sempre equivocado, criou um clima de derrota e quase falência da Nissan chegando a anunciar que, sem uma fusão com a Honda ou com outra grande marca, a Nissan não duraria mais 6 meses no mercado, indo à falência. Outros sites anunciaram uma suposta declaração de alguns executivos da empresa dizendo que ela teria no máximo de 12 a 14 meses de vida, anúncio este feito em outubro de 2024, ou seja, os 12 meses se passaram e nada disso aconteceu. Vejam que, sob “sigilo”, teriam sido dois executivos que disseram isso, e foram mais longe, para continuar as operações em 2025 a Nissan precisaria de um investidor forte.
Sempre desconfiamos desta história, afinal, um executivo da empresa, também responsável pelo seu sucesso, ainda trabalhando na marca, daria um tiro no próprio pé ao afirmar algo assim. Seria o mesmo que se incluir como incompetente do staff da empresa e dizer: “A Nissan vai falir também por minha culpa e assim não me contratem depois”.
Mesmo um ex-executivo da empresa, hoje considerado fugitivo da Justiça por crimes supostamente cometidos, fez comentários semelhantes, provavelmente munido de sentimentos pessoais de vingança, afirmando que a Nissan não teria mais 6 meses de vida se a fusão com a Honda não acontecesse.
Fato é que, depois destes 12 meses, o que vimos foi uma Nissan com mudanças estruturais muito fortes, fazendo a sua lição de casa reduzindo custos e reorganizando a sua estrutura, tudo sob a administração de seu novo CEO Ivan Espinosa. Vimos uma avalanche de novos modelos e de atualizações de modelos já existentes, e tudo sempre com elogios pela qualidade e tecnologia empregadas.
Mesmo assim, vimos manchetes sensacionalistas do tipo: “Crise na Nissan é tão grande que ela vai vender o seu time de futebol”, “Afundando em dívidas, Nissan venderá até time de futebol para salvar o caixa” ou “Nissan quer vender até time de futebol para escapar da crise”.
Reparem que tudo é transformado em “terror”, sem uma avaliação mais imparcial e cuidadosa. É óbvio para qualquer um que tenha neurônios que funcionam que a Nissan está focando no seu objetivo, produzir carros, enxugando a empresa de agregados que apenas consomem recursos. Evidente que uma empresa para ser competitiva diante da concorrência feroz dos chineses (e até desleal em muitos aspectos) precisa ser mais dinâmica e focada. E não é só a Nissan que faz isso, outras marcas já fizeram cortes de custos com redução de fábricas, demissões e reestruturações estratégicas.
A irresponsabilidade é tão grande que, ao promover esse tipo de bobagens, a imprensa pode acabar prejudicando de forma ignorante uma indústria que investe no Brasil, gera emprego, desenvolve tecnologia e movimenta a economia local, e assim privilegiar empresas que chutaram o Brasil e apenas importam, ou outras que quase nada agregam ao nosso país trazendo os seus produtos de fora, ou fazendo montagens em SKD ou CKD aqui.
Mas, enquanto a imprensa incompetente e irresponsável se delicia com essas manchetes sensacionalistas, a Nissan continua firme e forte em seus objetivos, lançando novos modelos, construindo fábrica de motores, desenvolvendo novas tecnologias e atualizando modelos atuais, como é o caso da nova Frontier que em breve vai estrear no mercado, e dela falaremos aqui.
A Nissan revelou vários teasers da nova linha 2026 da sua picape média, a Frontier, que está deixando de ser fabricada na Argentina e passará a vir do México a partir de 2026, como era antes quando ela foi lançada aqui, em 2017 e 2018, e depois passou a ser fabricada na Argentina a partir de 2019. “Teasers” são prévias, às vezes enigmáticas, criadas para despertar a curiosidade sobre um produto, evento ou conteúdo futuro.
Hoje em dia, a picape da Nissan ocupa a sexta posição no ranking do segmento, e a marca a oitava posição geral em vendas no Brasil. Nada mal para uma concorrência de mais de 40 marcas, não?

De acordo com estas divulgações prévias, a futura Nissan Frontier vai evoluir no design, que pode ter diferentes versões de acordo com o mercado onde será vendida. É possível notar que a picape acompanha a nova identidade da marca, com desenho moderno e futurista, como tem sido os últimos lançamentos da Nissan.
Estima-se que o novo modelo deve compartilhar muitas soluções com a atual Mitsubishi Triton, diante da parceria existente entre as marcas. Isso não é nenhuma novidade, já que diversas marcas hoje compartilham motores, chassis, peças mecânicas e de acabamento, ou até modelo completo como faz a Stellantis com a Jeep, a RAM, a Fiat, a Peugeot e outras.
Apesar da imprensa dizer que a nova Frontier deve ser construída sobre a plataforma atual da Triton, na verdade a Triton foi construída sobre uma plataforma desenvolvida pela Nissan. Importante salientar que esta plataforma recebeu prêmios máximos de qualidade e segurança, e a robustez do conjunto da Nissan é amplamente reconhecida pelo mercado, onde concorrentes vêm sofrendo com quebras de motores e mau funcionamento de suas tecnologias.
O lançamento para a Oceania está previsto para acontecer no dia 19 de novembro próximo, e pode ter diferenças em relação ao modelo que será vendido na América Latina. O lançamento aqui está previsto para o ano que vem, mas tudo isso deverá ser confirmado ainda pela marca que quer fazer um trabalho cuidadoso de adequação para cada mercado. Vamos lembrar que existem hoje algumas variações do modelo para os mercados onde ela é vendida, já que a Nissan não faz apenas um lançamento mundial e o empurra para todos os mercados. Cada modelo é adequado às condições locais de uso e características geográficas, ao gosto dos consumidores e ao tipo de segmento onde ela quer atuar.
A Frontier não é o modelo de picape média mais vendido no mercado brasileiro, mas certamente é a melhor opção para um público mais exigente, que não abre mão do conforto, da tecnologia, da segurança, da robustez e da confiabilidade. O mercado brasileiro se preocupa mais com popularidade de marca ou modelo, acreditando, equivocadamente, que está fazendo um negócio melhor com estes modelos mais populares. Ou seja, o consumidor acaba comprando carros pensando no próximo comprador, e não em seu benefício próprio.
Na parte mecânica, a nova Frontier poderá ser mais parecida com a atual Triton, que tem versões com tração 4×2 e 4×4, e o motor é um 2.4 turbodiesel, capaz de gerar 201 cv e 48 kgfm de torque, com um consumo médio de 13 km/l nas versões 4×4 e 13,3km/l nas versões 4×2. Historicamente, a Frontier não é muito adepta de versões com tração 4×2, tendo experimentado essa opção no passado, o que não agradou nem um pouco o seu público.
Também não há certeza quanto à suspensão traseira que será adotada na nova Frontier. Atualmente ela é a única no seu segmento que usa a excelente configuração multilink, que oferece mais conforto e muito mais segurança, uma tecnologia só utilizada em picapes muito mais caras ou raras.

Podemos esperar, ainda, de acordo com os anúncios da própria Nissan, uma picape com um design mais moderno que o de suas concorrentes, com central multimídia bem melhorada e um moderno e atualizado conjunto de tecnologias avançadas de assistência à condução, lembrando que a Frontier já oferece o conjunto de segurança mais moderno do mercado, que inclui sistemas de assistência à condução que funcionam com precisão e confiabilidade, com um moderno sistema de controle de estabilidade, freios a disco nas quatro rodas que aumentam a precisão da frenagem mas também do controle de estabilidade e assistentes de segurança, e também a excelente estabilidade proporcionada pela já citada suspensão multilink.
Há uma forte possibilidade da chegada também de uma versão híbrida plug-in, que será bem evoluída para o segmento.

Em relação às diferenças com a Triton, detalhes das imagens da Nissan incluem gráficos de LED exclusivos nos faróis, com identidade adotada no novo Kicks e outros modelos que estão chegando, mais moderno e exclusivo, bem diferentes das cópias tradicionais de outros modelos que parecem sempre iguais e sem qualquer ousadia. As lanternas traseiras deverão ser divididas, e o capô com um estilo mais exclusivo. A grade e o para-choque dianteiro também seguem a filosofia Nissan de modernidade, e de aparência robusta e marcante.
As linhas horizontais de iluminação se traduz em modernidade e exclusividade, num design alinhado com as novas tendências de mercado mas com uma identidade própria. Assim como hoje podemos identificar um carro da Nissan de longe, sem ver o logo da marca, a nova assinatura visual da marca vai nos oferecer essa mesma experiência. Filosofia adotada por marcas como Audi, BMW e outros, de ser reconhecido pelo design da frente ou da grade somente.
A Nissan deve ampliar essa filosofia para o conjunto de iluminação, como fez no Kicks, que é um dos mais modernos e bonitos da atualidade, parecendo estar muitos anos a frente de nosso tempo, o que deve garantir um envelhecimento muito lento de design, como acontece com a atual Frontier que ainda oferece um visual encorpado e bonito, além de moderno e exclusivo. Muitos até consideram desnecessário uma atualização nesse momento, mas o mercado sempre grita por mudanças, que nem sempre agradam como vemos ocorrer com frequência.
Este ano, a Nissan apresentou a Frontier Pro para o mercado chinês, e ela é baseada no modelo chinês Dongfeng Z9, que tem entre seus principais atributos uma motorização híbrida plug-in, além das opções diesel. (veja o modelo abaixo)

Este modelo foi bem elogiado pelo mercado chinês, principalmente por carregar a marca Nissan, que é bem admirada por aqueles consumidores.
Esta nova versão pode ser oferecida aqui na América Latina também, principalmente no Brasil.
A Frontier chinesa tem um motor 1.5 turbo de quatro cilindros a combustão, e mais um motor elétrico integrado à transmissão, que juntos fornecem um conjunto bastante forte com 402 cv e 81,6 kgfm de torque combinado. A capacidade das baterias não foi informada, mas elas fornecem uma autonomia em modo elétrico de 135 km.

A nova Frontier, se compartilhar o motor da Triton, pode ter algumas variações disponíveis de motorização: um motor 2.4 turbo diesel (com 184 cv), um motor 2.4 bi-turbo diesel (com 204 cv) e um motor 2.4 a gasolina (com 132 cv).
Como podemos ver, a Nissan está mais ativa do que nunca. Não “fechou” como previam os “entendidos” e nem vai. É uma Nissan, que dispõe do apoio do governo japonês e conta sempre com a colaboração até de seus concorrentes daquele mercado, que adotam uma cultura de colaboração bem diferente daquela que conhecemos. Mesmo que a Nissan um dia jogasse a toalha, coisa que nunca vai acontecer, haviam filas de interessados em vários mercados, principalmente o Chinês, querendo adquirir a marca, que possui hoje fábricas modernas, tecnologias exclusivas e bem desejadas pelo mercado e uma rede de distribuidores e de pós-vendas bem estabelecida. A Nissan é uma marca bem admirada no mercado, chegando a ser líder de vendas como acontece no gigante mercado mexicano, e ela ainda dispõe de um parque com perto de mais de 100 milhões de veículos circulando pelo mundo.
Como sempre costuma acontecer, muitos erraram sobre o futuro da Nissan, e as previsões catastróficas feitas no passado se provaram equivocadas, como dissemos na época aqui.
A marca até ganhou destaque com todas estas fofocas, e o seu prestígio parece ter só aumentado. Isso fez com que as suas ações apresentassem hoje um acumulado de 20,25% de aumento nos últimos seis meses, e 24,16% no período que inclusive a Mercedes-Benz vendeu as suas ações da Nissan e elas caíram 6%, quando os “jornalistas especializados” disseram que isso era um desastre. Mas, ela não só recuperou a queda como cresceu ainda mais.

Tudo isso demonstra a força da marca. A Nissan continua bem viva, surpreendendo o mercado e mostrando que não vive de “fofoquinhas de comadres”, mas sim de muito trabalho e dedicação para continuar sendo uma marca forte no mercado. Que venha a nova Frontier para nos dar ainda mais alegria.
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