Nissan Xterra – Mais um ícone da Nissan

SUV derivado da antiga geração da picape Frontier. Foi produzido no Brasil entre 2003 e 2008.

O SUV derivado da Nissan Frontier é até hoje adorado pelo mercado.
Com poucas unidades à venda, elas são rapidamente negociadas quando se encontram em bom estado.
Muito utilizada também por praticantes do fora de estrada.

Ter um Nissan  Xterra é um privilégio. O carro, além de ser uma verdadeira máquina de enfrentar desafios, teve menos de 10 mil modelos vendidos no país.

Essa máquina era produzida na fábrica de São José dos Pinhais (PR).  Tendo chegado ao mercado brasileiro em 2003 na versão SE, o Xterra é um carro especial. Com motor 2.8 turbodiesel de 132 cv e 34,7 kgfm e tração 4×4, o carro é ideal para quem quer desafios.

Bom no asfalto

Conjunto mecânico robusto e eficiente garante bom desempenho geral

O motor 2.8 turbo diesel MWM Sprint, com intercooler, que equipa o Xterra é um dos principais atributos do modelo. Quase tão silencioso quanto um propulsor a gasolina, disponibiliza potência máxima de 132 cavalos às 3.600 rpm. O torque máximo, de 34,7 mkgf, é atingido a apenas 1.800 rpm. Essas características, aliadas às respostas rápidas e precisas do câmbio manual de cinco velocidades, com escalonamento de marchas proporcional à curva de torque e potência do motor, e ao ‘sopro’ extra do turbo por volta dos 1.500 / 2.000 giros, garantem desempenho divertido e vigoroso.

Mesmo pesando 1.935 kg o Nissan Xterra responde às acelerações e retomadas de velocidade com incomum desenvoltura. Velocidade máxima não é seu forte – só 164 km/h, segundo a Nissan – mas é capaz de atingir os 100 km/h partindo da imobilidade em apenas 14,3 segundos. Mas isso é apenas um detalhe. O gostoso mesmo ao conduzir o Xterra é a sensação produzida pela força da aceleração e trocas de marchas curtas.

A suspensão dianteira independente e a traseira com eixo rígido e feixe de molas semielípticas oferecem boa relação maciez-conforto-estabilidade, tanto no asfalto quanto na terra. Com 1,89 metro de altura total do solo até a parte superior do rack instalado na capota, e com vão livre de 235 mm, o Xterra teria tudo para comprometer a estabilidade. Mas, muito pelo contrário, apresenta pouquíssima inclinação lateral (ponto fraco dos veículos altos), e faz curvas com impressionante facilidade.

Bom na terra

Se no asfalto esse verdadeiro jipão é gostoso de dirigir, pelos caminhos de terra ele diverte ainda mais. Alto (1,89 m), curto (4,53 m) e com reduzida distância entre-eixos (2,65 m) é ágil como um cabrito, mas macio como os saltos dos coelhos. Suas dimensões compactas facilitam as manobras em espaços reduzidos, mas não prejudicam o conforto interno.

Panessa continua sua análise que é quase uma ode (um poema elogioso) ao Xterra.

Flutuando sobre suspensões firmes, porém macias – dianteira independente com barra de torção e traseira de eixo rígido com molas semielípticas – o Xterra desliza sobre as irregularidades dos caminhos de terra com incomum conforto. Os níveis de trepidação e ruído são o mínimo que se poderia esperar de um veiculo rodando sobre pisos irregulares.

Bom de freios

O Nissan  Xterra tem sistema de freios bem dimensionado. A discos ventilados nas rodas dianteiras e tambor com ajuste automático nas rodas traseiras, acionado hidraulicamente, o sistema apresentou respostas surpreendentes nas frenagens de pânico simuladas durante o teste num trecho de terra.

A combinação disco/tambor do sistema de freios que equipa o Xterra inclui, ainda, como equipamento de série, o recurso auxiliar ABS nas quatro rodas. Embora muitos off-roaders contestem a eficácia do sistema ABS quando utilizado sobre pisos sem aderência, no Xterra eles demonstraram eficiência. Ajustando eletronicamente a pressão do fluido de freio de cada roda, e medindo a velocidade de desaceleração do veiculo através de um sensor, o sistema adapta automaticamente a pressão de frenagem, dependendo do tipo de superfície da estrada. No Xterra funcionou plenamente.

O interior do veículo, bastante prático, também mereceu destaque.

Bom por dentro

O painel, de linhas limpas, agrada pela sua modernidade. Os comandos elétricos dos vidros, da abertura das portas e de regulagem dos retrovisores externos, ficam bem à mão do motorista no painel da porta.

A visibilidade é outro ponto forte. Além da visão frontal pelo pára-brisa dianteiro, tanto o motorista quanto os passageiros têm excelente visão traseira. Isso se dá pelo amplo vidro de trás ou pelos espelhos retrovisores laterais. Uma característica exclusiva do Nissan Xterra é a posição do assento traseiro mais elevado, que proporciona, uma visão tipo “estádio”. Com isso, os passageiros conseguem enxergar acima da altura do motorista e do passageiro dianteiro. 

Por fim, vamos destacar a parte que todo amante do Xterra mais adora: o off road.

Bom no off-road

Tração 4×4 optativa e caixa de redução garantem qualquer aventura

Normalmente o Nissan  Xterra traciona apenas as rodas traseiras. Mas, se o terreno piorar, basta conectar a tração 4×4 por meio de uma segunda alavanca, localizada ao lado da alavanca de câmbio. Se a situação piorar ainda mais, a mesma alavanca conecta a caixa de redução. Aí sim, o Xterra adquire a força de um trator e duplica sua capacidade de transpor obstáculos. A roda livre é automática e não exige qualquer manobra para ser conectada.

O XTerra é o carro ideal para aventuras em lugares como a Serra do Caraça, Serra da Canastra ou mesmo para o Passo da Ilha. Aliás, em um XTerra você pode ir a qualquer lugar.

 

Fontes: 
https://aguaxterra.com.br/nissan-xterra/
https://www.webmotors.com.br/wm1/testes/xterra-se

Mais informações do Xterra

O XTerra é um conceito que procura ocupar exatamente esse degrau em uma escala intermediária, entre aqueles que desejam um veículo com aparência de utilitário esportivo, mas a um custo moderado e aqueles que desejam realmente um autêntico fora-de-estrada, gozando de todas as suas guloseimas e pagando bem mais caro. Encarando-o como utilitário esportivo, o XTerra é mais um fruto do marketing e do design do que de uma engenharia determinada, exemplo que tem sido dado em recentes lançamentos na Europa.

O Nissan XTerra, no fundo é uma picape Frontier que todos conhecemos, desta feita vestida para a aventura, um cenário digno daqueles que a conhecem apenas dos livros de ficção e filmes de Hollywood. Diferentes são sua carroceria de lay out mais social que utilitário, o menor comprimento, maior altura do solo e seu acabamento interno para uso misto.

Na era do virtual, no entanto, o XTerra mantém dignamente algumas características que já foram desprezadas em outros modelos “batizados” de off road. Lastreada em um chassi com longarinas, do tipo escada, sua estrutura denota toda a robustez necessária para operações em terrenos mais ásperos, assim como seu sistema de transmissão 4X4, com reduzida.

O excelente quatro cilindros pertence a mais nova geração brasileira de motores diesel, resultado da união da MWM e International, com 2.798 cm3, e injeção eletrônica, na verdade sua grande novidade. Esse motor, daqui para frente, passa a ser única opção nacional para todas as marcas.

Analisando a aparência externa, sua presença lembra a de um veículo saído do Parque dos Dinossauros, graças ao marcante bagageiro superior, com uma espécie de bandeja destacável, posicionada quase que ocasionalmente no desnível do teto, estilo europeu, tudo bem ao jeito dos amantes da aventura, de bom gosto, claro. Isso lhe credita novamente um certo charme. E torna-se útil no aproveitamento do espaço interno.

Com o teto dos passageiros mais alto, além da sensação de espaço, permite que o banco traseiro se posicione de maneira a trazer mais conforto. Nesses aspectos difere-se de sua maior concorrente, a Blazer S-10, bem mais sisuda e convencional.

Não se iluda, no entanto, pois o modelo parece ser maior do que realmente é, inclusive interiormente, tendo o mesmo comprimento de um pick-up Montana, por exemplo. Isso o torna acessível nos apertados espaços urbanos, estacionamentos de edifícios.

Andando, nota-se que o capô alto, com entrada de ar para o intercooler prejudica um pouco a visibilidade frontal, principalmente nas saídas das rampas dos supermercados e shopping centers. Caso alguém se aventure com ele no fora -de-estrada, certamente esta dificuldade aparecerá nas lombadas íngremes e saídas de erosões.

A simplicidade pode tornar-se arte e assim é o XTerra, interna e externamente, agradável aos olhos, com todos os itens de conveniência comuns e necessários. O engate da tração é acionado manualmente pela confiável alavanca no console central.

Ar condicionado, sistema de som com capacidade para até seis discos, trio e trava elétricos, alarme, cigarra de avisos e luz de cortesia automática. Os bancos e revestimentos das portas são de material que imita o couro de boa qualidade. Os demais revestimentos, painéis e console são plásticos.

O produto da Nissan dissimula suas pretensões de utilitário esportivo comportado com toques plásticos de aparência Rambo, lembrando também que pode ser um jipão, caso assim você o imagine ou bem justifique.

A Nissan parece querer reforçar essa similaridade com o lançamento de uma nova cor, o verde Army. E lembra mesmo um jipão quando se anda na terra, não exatamente na performance de faz-tudo, braçal ou “lança o desafio que eu topo”. Sua relação de transmissão, a exemplo da Frontier, é longa, o que prejudica a ação do motor em situação de exigência de torque, mesmo com seus 140 cv.

O resultado disso é a necessidade de maior aceleração nas saídas em rampas, por exemplo, com o ar condicionado ligado ou quando se leva mais peso. Com pouca aceleração, o motor chega a morrer, característica que, certamente irá importunar os motoristas menos experientes. Ou, na pior das hipóteses, fazê-los gastar mais embreagem. Outros modelos, de forma geral, já resolveram esta questão.

Com a reduzida engatada, ou com giros mais altos esta característica se desfaz. Na estrada, por exemplo, em velocidades maiores, a relação longa do XTerra propicia boa média geral de consumo e desempenho seguro em retomadas e final.

A lembrança do estilo jipe ressurge na relação estabilidade/velocidade e no conforto geral em estradas de terra. È plausível de justificativa a utilização de feixes de molas semi-elípticas, símbolo claro de robustez em veículos como as picapes, que têm o compromisso técnico de carregar até uma tonelada. Mas em um utilitário esportivo isso não se justifica.

Se a suspensão dianteira, independente por barras de torção reage com conforto e suavidade ante qualquer imperfeição das estradas, a traseira, por eixo rígido e feixe de molas semi-elípticas praticamente neutraliza esse efeito. O eixo pesado, interagindo com a rigidez da suspensão traseira e buracos, que não nos faltam, podem causar bastante decepção a quem espera o conforto de um veículo de luxo e no patamar da XTerra.

Nesse item, a simplicidade na solução da suspensão traseira do XTerra não chegou nem perto da arte, ou mesmo da S-10 Blazer, que sofre do mesmo mal crônico e antiquado. Um momento em que todas as aspirações de conquista da XTerra caem mesmo por terra. Um jipe ou um utilitário esportivo?

Como jipão 4X4 ou utilitário, o XTerra esbanja um pouco pelo acabamento geral, apresentação e não se sai mal. Nesse caso, o preço acaba ficando um pouco alto, característica que é uma verdadeira exterminadora no mercado de utilitários.

No off-road mereceria uma relação de marchas mais curta, rodas e pneus com maior diâmetro, menos plástico e desenho apropriado para receber equipamentos específicos. Seu estepe, por exemplo, posicionado embaixo do chassi é um verdadeiro arranca -toco. Uma versão simplificada do XTerra voltada ao mercado de utilitários a um custo menor poderia converter-se em uma surpresa inesperada.

Por outro lado, voltando ao elo-perdido de um utilitário esportivo mais barato, o resultado viria com a adoção de uma suspensão traseira mais confortável e moderna e uma reavaliação da relação de transmissão, tornando o conjunto mais compatível com a expectativa média do consumidor brasileiro, sempre intencionado a dirigir tratores como se fossem carros esporte e motores diesel 4 cilindros como se fossem V8.

Ficha Técnica

Modelo: Nissan XTerra SE
Preço: R$ 116.291,00 (FIPE)
Motor: MWM-International, 4 cilidndros, turbo, injeção eletrônica, diesel
Potência: 140 cv a 3.400 rpm
Torque: 34,7 mkgf a 1.700 rpm
Câmbio: cinco velocidades
Direção: pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica
Freio: disco (ventilado)/tambor com ABS
Tração: 4×4, 4×4 reduzida, com acionamento por alavanca
Suspensão: dianteira – Independente, braço triangular duplo, barra estabilizadora, barra de torção, amortecedores telescópicos. Traseira – Eixo rígido, feixe de lâmina semielíptico, amortecedores telescópicos e assimétricos, e nas versões 4×2 barra estabilizadora
Rodas/pneus: 265/70 R15
Comprimento: 4,53 m
Largura: 1,79 m
Altura: 1,89 m
Entreeixos: 2,65 m
Tanque: 73,5 litros
Porta-malas: 1.260 l
Peso: 1.935 kg
Conformação Fora de Estrada
Ângulo de ataque: 34°
Ângulo de saída: 29°
Ângulo central: ND
Capacidade de rampa: 21º
Inclinação máxima: ND
Vão livre: 235 mm
Capacidade de transpor alagado: ND

Fonte: http://clubedocarro.blogspot.com/2007/02/nissan-xterra.html

Galeria de Fotos do Nissan Xterra

Últimas versões do modelo:

All-New Nissan X-Terra 2021 Joins Middle East SUV Lineup

 

 

5 Comentários

  1. O texto é bonito, parabéns pela escrita, mas esse motor é diesel e faz muito barulho (eu gosto), é um dos primeiros suvs, muito bem desenvolvido, a Nissan tem o dever de reviver este carro, basta analisar bem o mercado. Espero comprar uma no futuro.

  2. Tenho uma 2004 com bomba mecânica, hoje em 2023, precisei fazer alguns upgrades para melhor uso, como: Troca do Jumelo, Coletor, Multimídia, pneuse por aí vai.. É um excelente carro, acredito até que camionetes diesel é o que tem melhor custo-benefício.

  3. Bom dia, tenho uma xterra 2004 e estou precisando fazer manutenção da direção hidraulica e da bomba de pressão (obs: Não é a bomba injetora) alguem pode me ajudar, sou de São Jose dos Campos SP

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