Novo teste de um importante instituto de segurança automobilística dos Estados Unidos apontou a Frontier como a opção média mais segura, mas é isso mesmo?
Abordaremos agora um importante assunto, uma reflexão sobre uma notícia que foi recentemente publicada e que já vi abordagens totalmente equivocadas dessa imprensa que se diz “especializada” no tema automobilístico.
Talvez muitos não saibam, mas o respeitado Institute for Highway Safety (IIHS) americano fez uma avaliação de segurança de mais um aspecto das caminhonetes médias do mercado americano, e a Frontier se mostrou a mais segura, levando a primeira posição no ranking com a maior nota de segurança.
A IIHS resolveu avaliar cinco picapes médias do mercado americano, e todas elas apresentaram limitações no aspecto de colisão frontal moderada atualizada (contra 40% da frente do veículo), que agora também considera a segurança do passageiro do banco traseiro. Nenhuma delas recebeu a nota máxima.
A tabela a seguir mostra os modelos testados e suas pontuações. As classificações do instituto vai da melhor para a pior nota, distribuídas entre Boa, Aceitável, Marginal e Ruim:
Como podemos ver, a nota mais alta ficou com a Frontier, sendo a única com segurança aceitável. A Frontier levou 9 notas máximas de 10 possíveis, enquanto três modelos testados receberam as piores notas. Aliás, nem preciso comentar quem levou a óbvia última posição.
Compartilhando a tabela original para não deixar dúvidas do excelente resultado obtido pela Frontier:
Convenhamos que o resultado é realmente impressionante.
Mas, não é esse o ponto que quero discutir aqui.
A imprensa nacional “super bem informada” citou a nossa Frontier como ganhadora desse teste comparativo, mas demonstrou apenas um certo estranhamento, equivocado, pelo fato dela ter ganho nota máxima pelo também conceituado CESVI da Argentina, mas não repetindo esse resultado neste teste nos EUA.
Vamos lá…. o modelo testado nos EUA não é o mesmo que o nosso fabricado na Argentina e em outros países, e que é vendido para o restante do mundo, inclusive Europa e Ásia (onde é a mais vendida em vários desses mercados).
O modelo da “Frontier americana” é uma versão exclusiva para aquele mercado, e recebeu o nome Frontier apenas como referência da marca, e não do modelo. Vale lembrar que o modelo americano na Nissan veio ocupar uma lacuna bastante específica, e que ele ainda é montado na base da nossa antiga Frontier que sobreviveu aqui até 2016, saindo de linha nos EUA somente no ano passado.
Ao contrário do que o público (bem) mal informado pensa (principalmente os entendidos comentaristas do YouTube), a nossa versão é sim uma evolução do modelo anterior. A nossa usa uma suspensão mais moderna, multilink, freios mais modernos, chassis mais reforçado, interior remodelado e muitas outras melhorias que não estão no modelo americano, que tem mais uma “cara” ao gosto dos norte-americanos.
Ou seja, a nossa Frontier é ainda mais segura, e por essa razão mais bem conceituada no teste da CESVI, apesar de ainda ter levado a melhor classificação também no teste da IIHS.
Portanto, esqueçam alguns questionamentos de alguns sites por aí. Tenho certeza absoluta que depois dessa minha explicação, muitos vão corrigir seus textos ou publicar da maneira correta, como, aliás, sempre fazem, já que o fórum 4×4 Brasil e o Clube da Nissan Frontier são referências para esses confusos “jornalistas”, que acabam depois copiando tudo daqui.
Foi assim quando saíram dizendo que a Frontier 2023 tinha apenas ganhado um face lift com uma “grade nova”. Depois que publicamos aqui no Clube a lista de mudanças, até freio nas quatro rodas descobriram que ela tinha ganho, entre muitas outras importantes novidades. E lá no começo do seu lançamento também, quando diziam, ainda de forma mais equivocada, que a Nova Frontier não usava de fato uma suspensão multilink, isso porque não sabiam a diferença entre os conceitos de suspensão multilink e de suspensão independente, e o Clube da Nissan Frontier teve que lhes ensinar a diferença.
Outro detalhe que chama a atenção, é que a última classificada neste novo teste com a pior nota é, pasmem, uma versão mais segura da sua similar vendida aqui…. e isso é aterrorizante!!!
Dizem que a nossa Frontier deve chegar lá nos EUA em breve, já que é vendida e bem elogiada através de importadores não oficiais da marca.
Além disso, o mercado americano já começou a entender a diferença de uma suspensão multilink e do obsoleto feixe de molas, e a tecnologia já está disponível (e até mal copiada em alguns casos) na Ranger Raptor (que a Ford fique por lá), na Toyota Tundra e na RAM entre outras.
Quem testou a nossa Frontier lá gostou muito da sua moderna suspensão e do seu conforto.
Portanto, cuidado com as reportagens equivocadas que estão sendo divulgadas aos montes sobre essa mais nova notícia da Frontier.
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